Idéia de sol como fonte de energia é bem vista, mas visão equivocada da tecnologia pode se tornar barreira ao apoio da população a projetos adotados por empresas
A pesquisa, divulgada no último dia 4, é do Instituto Ideal e da GTZ (Cooperação Alemã para o Desenvolvimento) no Brasil, que avaliaram a receptividade de um grupo de consumidores e outro de gestores empresariais a um “selo solar” de empresas que comprassem energia elétrica de origem solar, ou instalassem sistemas fotovoltaicos em seus prédios.
"A confusão entre aquecimento e eletricidade solares pode passar ao consumidor a idéia de que a energia fotovoltaica (interpretada como equivalente ao aquecimento solar) não é um fato novo", diz a pesquisa.
O problema é que se este equívoco não é esclarecido, uma vez que se considera que algumas empresas já possuem energia elétrica solar, o consumidor pode se sentir enganado por alguma entidade "que se apresente como pioneira e inovadora ao afirmar que utiliza energia fotovoltaica".
Dois grupos de oito pessoas (homens e mulheres) com idades entre 24 e 62 anos, engajados e interessados no tema da responsabilidade socioambiental corporativa, serviram de base para a pesquisa qualitativa.
Além de apontar a importância de um selo solar para respaldar o uso da energia solar como fonte renovável alternativa, o estudo avaliou o conhecimento dos brasileiros sobre esta opção energética.
"O uso da energia solar aumenta a credibilidade da empresa perante o consumidor e isto pode resultar na premiação da empresa por parte deste consumidor, na compra de seu produto ou serviço”, afirma a pesquisa.
Coletor solar: aquecimento de água. Painéis fotovoltaicos: geração de eletricidade.
https://solarjuice.com/blog/buildings-and-pv/solar-pv-and-solar-thermal-comparison-%E2%80%93-which-is-better/
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A confusão identificada entre geração elétrica e aquecimento solar decorre da falsa idéia de que os mais de seis milhões de metros quadrados de coletores solares instalados no Brasil serviriam também para gerar eletricidade.
De fato, em comparação à área total instalada de coletores solares (usados exclusivamente para aquecer água), os painéis fotovoltaicos (que convertem a luz solar em eletricidade) são praticamente inexistentes em nosso país.
Os projetos de geração fotovoltaica conectados a rede elétrica são restritos a centros de pesquisa e totalizam uma potência irrisória: menos de 200 kWp (quilo watt pico).
A pesquisa também investigou junto a 68 gestores de grandes empresas aspectos quantitativos sobre as alternativas energéticas como pauta da agenda da sustentabilidade corporativa e o impacto do selo de energia solar fotovoltaica.
Um dos principais entraves detectados entre os empresários quanto ao uso da energia solar fotovoltaica foram os custos de instalação, ainda muito altos, apesar da queda substancial verificada nos últimos anos.
Mesmo assim, 62% dos gestores entrevistados se disporiam a pagar um preço mais elevado pela energia fotovoltaica, entre eles, 49% acredita que suas empresas pagariam até 10% a mais pela eletricidade solar.
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