quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Agrotóxicos no Brasil: pimentão, morango e pepino lideram ranking de alimentos contaminados

Relatório da Anvisa revela presença de resíduos de agrotóxicos não autorizados e acima do permitido em várias culturas 

http://dialogospoliticos.wordpress.com/2011/12/07/saiba-quais-sao-os-10-alimentos-mais-contaminados-por-agrotoxicos-no-brasil/

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou no último dia 7 o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) referente a 2010,  que traz uma detalhada avaliação da qualidade dos alimentos produzidos no território brasileiro. 

Segundo os dados do PARA 2010, pimentão, morango e pepino foram os alimentos que apresentaram os três maiores percentuais de amostras contaminadas por agrotóxicos, de uso permitido ou não pela Anvisa: 92%, 63% e 57%, respectivamente. 

Veja na figura o mapa dos resultados globais da análise e os top ten dos alimentos contaminados por agrotóxico.

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/55b8fb80495486cdaecbff4ed75891ae/Relat%C3%B3rio+PARA+2010+-+Vers%C3%A3o+Final.pdf?MOD=AJPERES 

O estudo analisou 2.488 amostras de 18 culturas de vegetais, frutas e hortaliças, coletadas em 25 estados brasileiros e no Distrito Federal; São Paulo ficou fora. Dos 28% de amostras reprovadas (figura), uma em cada quatro (ou 7% do total) mostrou-se contaminada com agrotóxico de uso não autorizado. 

O Brasil é líder do mercado mundial de agrotóxicos, com 16% do total, e é considerado pela ONU o principal destino de agrotóxicos proibidos em outros países, como nos da União Europeia e Estados Unidos. 

A ingestão cotidiana e excessiva de agrotóxicos é uma das causas – entre outras de ordem ambiental (exposição a alérgenos vegetais, gases de exaustão de motores e radiação ultravioleta) ou comportamental (alcoolismo, tabagismo, hábitos alimentares e atividade física) – de doenças crônicas não transmissíveis, as DCNT. 

A Organização Mundial da Saúde estima que as DCNT correspondem a 46% de todas as doenças no mundo e foram responsáveis por 63% das mortes declaradas em 2008.  No Brasil, este índice foi de 74% naquele ano. 

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