sexta-feira, 1 de junho de 2012

Energia solar na Europa: mercado em baixa na Espanha, reforço do investimento na Alemanha

No país ibérico, setor solar térmico recua 21% em 2011; no germânico, geração fotovoltaica bate recorde 

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Pelo terceiro ano consecutivo na Espanha, o mercado de energia solar térmica sofreu queda: no ano passado a retração foi 50% maior do que as quedas consecutivas verificadas em 2010 e 2009, de 14%. Os dados são da Associação da Indústria Solar Térmica espanhola (ASIT).

Em contraste com este declínio, nos últimos dias 25 e 26 a Alemanha produziu 1.000 GWh de energia elétrica de origem solar, quantidade que equivale à maior potência gerada com este tipo de fonte já registrada naquele país. A eletricidade solar produzida foi suficiente para atender à metade de toda a demanda alemã. 

Para alcançar a meta oficial estabelecida em 2010 – de desativar todas as usinas nucleares até 2022 – o aumento do investimento em energias renováveis é inevitável e deve custar aos consumidores alemães cerca de 4 bilhões de euros por ano, em subsídios para a geração solar.

Já na Espanha, país líder na produção de eletricidade termossolar, os dados levantados pela ASIT referentes a 2011 confirmam e acentuam o recuo do mercado solar térmico ocorrido nos dois anos precedentes.

A área total de coletores solares instalados foi aumentada em pouco mais de 275 mil metros quadrados. No final de 2011, foram contabilizados no território espanhol 2.735.500 m2 de coletores solares (no Brasil, são 7,3 milhões de m2 instalados).

A indústria solar térmica espanhola espera reverter a tendência de queda do mercado, com a implementação do novo Plano para as Energias Renováveis (PER), aprovado no final de 2011. Entre as medidas previstas no novo PER estão incentivos para a produção de calor com a luz do sol.

Este declínio da produção de aquecimento solar estaria relacionado não apenas à leniência para se colocar em prática os mecanismos de estímulo no âmbito do PER 2011-2020, mas principalmente à expressiva queda de atividade na construção civil.

Segundo a ASIT, a retomada do setor solar térmico depende, ainda, de uma revisão do Código Técnico da Edificação, que contribua para fomentar as aplicações de energias renováveis nos sistemas de climatização (calor e frio) das novas construções.

A ASIT defende a necessidade de um novo quadro regulatório, "que incentive a produção energética e a redução de emissões de CO2, que gere confiança nos investidores, criando um quadro de estabilidade de longo prazo para os grandes consumidores e produtores de energia térmica, instaladores e fabricantes de equipamentos termossolares, instituições bancárias e setor público". 

Fontes:
http://www.energias-renovables.net/articulo-panorama-19602-1-La_solar_t%C3%A9rmica_contin%C3%BAa_lastrada_por_el_sector_de_la_construcci%C3%B3n
http://pt.euronews.com/2012/05/29/recorde-mundial-de-energia-solar/

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