segunda-feira, 17 de junho de 2013

‘Mundo se afasta de meta para limitar aumento da temperatura global em 2 graus’, diz AIE

Emissões poluentes do setor energético crescem 1,4% em 2012 e atingem novo recorde

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A China foi o país que mais emitiu gases de efeito estufa (GEE) em 2012. É o que aponta o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado na semana passada. 

Graças ao maior uso de fontes renováveis e à melhoria da eficiência energética, este foi o menor aumento anual de emissões de GEE em terras chinesas nos últimos dez anos, diz o documento Redrawing the Energy-Climate Map.

Em relação a 2011, foram mais 300 milhões de toneladas de GEE despejados pela China e 70 milhões pelo Japão, os dois maiores vilões da poluição atmosférica global. 

Já os Estados Unidos e a Europa reduziram suas emissões em 200 e 50 milhões de toneladas, respectivamente. Nos EUA, isto ocorreu principalmente devido à substituição de carvão por gás natural nas usinas termelétricas. 

No velho continente, o baixo crescimento econômico e o avanço de energias renováveis foram os responsáveis pela queda, embora em alguns países as emissões tenham aumentado. 

O setor energético responde por cerca de 2/3 das emissões totais de GEE; mais de 80% da energia consumida no planeta é gerada por combustíveis fósseis. 

Em contraste à redução observada nos EUA e na União Europeia, os países fora da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) respondem hoje por cerca de 60% das emissões globais, ante 45% em 2000. 

O relatório da AIE sugere que, mantido o atual ritmo de emissões de GEE, a temperatura global da atmosfera cresceria entre 3,6 ºC e 5,3 ºC até o final do século, colocando em risco a meta recomendada pela ONU, de limitar este aumento em 2 ºC. 

Apesar da constatação de que as emissões não param de crescer nos últimos anos (especialmente no setor de energia), a AIE defende que ainda seja possível manter o aumento da temperatura global dentro da margem fixada. 

Para isso, é preciso adotar até 2020 um conjunto de medidas; entre elas: dobrar a participação de fontes renováveis na matriz energética planetária, fomentar medidas de eficiência energética, limitar o uso de usinas de carvão de baixa eficiência, reduzir pela metade as emissões de metano na indústria petrolífera, e suprimir gradativamente os subsídios aos combustíveis fósseis. 

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