http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/967820
O CNPq divulgou recentemente os resultados do seu mais concorrido edital para financiamento de projetos de pesquisa no país. A Chamada abrange praticamente todas as áreas do conhecimento.
O doutor em Ciência da Computação e professor da UFPB, Alexandre Nóbrega Duarte, publicou ontem em seu blog (http://alexandre.ci.ufpb.br/blog/) uma interessante análise dos últimos 7 Editais Universais do CNPq.
No foco da análise estatística feita por Duarte estão as 20 instituições que tiveram mais projetos aprovados desde 2007, um universo que representa 54% de todas as propostas contempladas no período.
A USP lidera a lista, seguida por UFRJ, UFMG, UFRGS e UNESP. Em 6º lugar está a UFPE, a número 1 do Nordeste, que no ranking regional é seguida por UFC, UFRN, UFPB, UFPA e UFBA.
Com um total de 409 projetos aprovados desde 2007, em 2013 a UFPB teve 91 propostas deferidas, ante 58 em 2012: um crescimento de 57%, o maior avanço entre as universidades do Nordeste e o 3º entre as 20 instituições nacionais analisadas.
Entre as demais instituições do Nordeste que figuram na lista das 20 avaliadas, de 2012 a 2013, a UFRN avançou 40% na aprovação de projetos, a UFPA 33% e a UFPE 10%, enquanto a UFBA e a UFC recuaram 4% e 10%, respectivamente.
Já a quantidade de projetos aprovados este ano pela maior universidade federal do país (UFRJ) foi 65% menor que em 2012, enquanto a líder USP teve um aumento de 6% nos projetos aprovados.
De 2007 a 2013, 903 diferentes instituições tiveram 25.623 projetos aprovados em editais universais do CNPq, o que dá em média 1,4 projetos por pesquisador. Foram contempladas 392 instituições em 2013, praticamente o mesmo número de 2007 (393), com um mínimo de 315 verificado em 2010.
Embora limitado pela disponibilidade de dados, o levantamento estatístico de Duarte mostra um panorama global de como os recursos do MCTI tem sido distribuídos nos últimos anos, via seu edital de maior demanda.
No caso específico da UFPB, o dado positivo é sem dúvida o aumento do número de projetos deferidos este ano, em relação a 2012. Uma análise mais acurada seria necessária, para saber a que se deve este avanço. Aos cinco novos centros criados em 2012 à luz do Reuni?
Num deles, onde atuo (CEAR), tivemos 6 projetos aprovados, dos quais 4 são de autoria de novos docentes. Um fato que, estendido aos demais novos centros, poderia explicar em parte a evolução do número de propostas da UFPB acatadas pelo CNPq na Chamada Universal 2013.
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