quinta-feira, 29 de maio de 2014

Brasil tem 9,8 milhões de metros quadrados de coletores solares

Após dois anos de crescimento modesto, setor avançou quase 20% em 2013

Aquecedor solar instalado em hotel
http://www.spareworld.org/eng/international-meeting-2011

Em 2011 e 2012, o setor de aquecimento solar no Brasil cresceu moderadamente: 6,5% e 12%, respectivamente.

Mas voltou a crescer a uma taxa bem maior em 2013, próxima às de 2009 e 2010, quando a área nova de coletores avançou 19% e 21%, em números redondos.

Os dados são do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (DASOL) da Abrava. Foram instalados no ano passado mais 1,38 milhão m2 de coletores solares em território brasileiro. 

Os fatores que mais contribuíram para a retomada de um crescimento anual expressivo foram as leis de incentivo e os programas habitacionais, diz o DASOL. 

O segmento residencial representou 79% das vendas (19% para programas habitacionais), o setor de comércio e serviços ficou com 18% e o industrial com 3% do mercado em 2013. 

A produção de coletores abertos (para aquecimento de piscina) e de coletores fechados (para produzir água quente de uso doméstico) cresceram a taxas similares: 18,3% e 19,4%, respectivamente. 

A distribuição regional dos sistemas de aquecimento solar comercializados em 2013 mudou significativamente, em relação a 2012.

Enquanto no Sudeste o percentual de unidades vendidas regrediu (de 74% para 57%, em números redondos), no Centro-Oeste foi de 9% para 17%, no Nordeste de 4% para 7%, no Sul de 12% para 17% e no Norte de 0,7% para 2,7%. 

Segundo o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) da Eletrobras, quase 25% do consumo elétrico residencial é destinado ao aquecimento de água de chuveiro. 

Nada melhor do que usar coletores solares para esta finalidade, reduzindo a conta de luz para o consumidor final e atenuando o pico de demanda do sistema elétrico. 

A certificação de qualidade (Selo Procel para coletores e reservatórios) e leis de incentivo – não apenas para a aquisição do equipamento, mas para reduzir custos de fabricação (como a isenção de ICMS sobre matérias-primas até 2021, vigente no estado de São Paulo) – são medidas que podem relançar de forma consistente o mercado solar térmico nacional. 

Não é à toa que as empresas do setor estão otimistas. Metade delas espera um aumento de 50% na produção de sistemas de aquecimento solar em 2014.

Agraciado pela natureza com uma abundante disponibilidade de irradiação solar, o Brasil tem um potencial enorme para aumentar sua área de coletores solares no setor residencial, como também para incrementar o uso de energia solar na indústria. 

País campeão da Europa em uso de energia solar, a Alemanha deve registrar 1,02 milhão m2 de área nova de coletores em 2013, contabilizando um total de 17,5 m2, conforme estimativa da Associação da Indústria Solar Alemã (BSW-Solar). 

De acordo com a Federação da Indústria Solar Térmica Chinesa (CSTIF, na sigla em inglês), em 2013 foram adicionados 66 milhões m2 de coletores no país sínico, elevando a área total a 310 milhões m2. 

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