Usina Beta Renewables, inaugurada no final de
2013 em Crescentino (Itália), produz bioetanol de segunda geração (FOTO:
Fabrizio Giraldi/Novozones). Le journal
des énergies renouvelables Nº 222, 2014
De 2002 a 2012, o consumo de biocombustível em transportes nos países do bloco
europeu (EU-28) só aumentou.
Mas, após registrar avanços mínimos nos últimos anos, diminuiu em 2013, conforme mostra a recém-publicada análise do EurObserv’ER.
Mas, após registrar avanços mínimos nos últimos anos, diminuiu em 2013, conforme mostra a recém-publicada análise do EurObserv’ER.
O
consumo total de combustível renovável na União Europeia caiu de 14,6 Mtep para 13,6
Mtep (milhão de tonelada equivalente de petróleo).
Os 5 maiores consumidores foram: Alemanha (2,77 Mtep), França (2,69), Itália (1,22), Reino Unido (1,01) e Espanha (1,00). Este último, o único dos cinco sem o registro de biocarburantes “100% sustentável”, era o 3º do ranking em 2012.
Os 5 maiores consumidores foram: Alemanha (2,77 Mtep), França (2,69), Itália (1,22), Reino Unido (1,01) e Espanha (1,00). Este último, o único dos cinco sem o registro de biocarburantes “100% sustentável”, era o 3º do ranking em 2012.
A
distribuição por tipo de combustível “verde” ficou assim: biodiesel 79,0%, bioetanol 19,9%, biogás 0,9% e outros carburantes
(óleos vegetais puros e biocombustíveis não especificados) 0,2%.
Enquanto
a participação do biodiesel no consumo total recuou quase 1 ponto percentual
entre 2012 e 2013 (de 79,8% para 79,0%), a do bioetanol foi de 19,2% para
19,9%.
Acompanhando
a redução global de 1 milhão de tep no ano passado, a taxa de incorporação de combustível verde no setor de transporte
caiu de 5,1% em 2012 para 4,7% em 2013.
O
dado positivo foi o avanço de 1,1% do consumo de biocarburante com “selo de
sustentabilidade” nos países do EU-28, elevando sua taxa de incorporação a
4,1%.
Este
selo é importante, na medida em que somente combustível produzido de forma
sustentável pode ser contabilizado visando atender às principais diretrizes
“descarbonizantes” fixadas pelo EU-28 para 2020.
Uma
delas é a meta de 10% de energia renovável nos transportes – incluindo o consumo
de veículos elétricos (carros, trens, metrôs, etc) oriundo de fontes limpas – e 7% de incorporação de biocarburantes convencionais mais 0,5% de
biocarburantes avançados.
Outra
diretriz relevante é a redução de 6% das emissões de gases de efeito estufa
dos combustíveis utilizados em transportes.
A
exemplo da queda expressiva do consumo na Espanha em 2013, a
principal causa da baixa penetração de biocombustíveis em transportes nos
últimos anos seria a falta de uma política coordenada e unificada para os países-membros do EU-28, aponta o EurObserv’ER.
Mantido
o quadro atual, até 2020 os biocombustíveis deverão responder por no máximo 8% do
consumo energético em transportes na União Europeia, conclui o EurObserv’ER.
Fonte: Le journal des énergies renouvelables Nº 222, julho-agosto 2014
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